ATA DA NONAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 07-10-2013.

 


Aos sete dias do mês de outubro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir Cecchim, João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei do Legislativo nº 302/13 (Processo nº 2718/13), de autoria do vereador Marcelo Sgarbossa. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Engº Comassetto, deferido pelo senhor Presidente, solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Legislativo nº 050/11 (Processo nº 1592/11). Também, foram apregoados os Ofícios nos 1217 e 1221/13, do senhor Prefeito, encaminhando, respectivamente, o Projeto de Lei do Executivo nº 036/13 (Processo nº 2822/13) e Veto Total ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/12 (Processo nº 1960/12). Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da Septuagésima Primeira, Septuagésima Segunda, Septuagésima Terceira, Septuagésima Quarta, Septuagésima Quinta, Septuagésima Sexta e Septuagésima Sétima Sessões Ordinárias e da Décima Sessão Extraordinária. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 021/13, de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, informando a criação e a filiação de Sua Senhoria ao Partido Republicano da Ordem Social – PROS. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se a vereadora Luiza Neves e o vereador Engº Comassetto, esse em tempo cedido pelo vereador Marcelo Sgarbossa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Engº Comassetto, Elizandro Sabino, Nereu D'Avila, Alberto Kopittke, Cassio Trogildo, Bernardino Vendruscolo, Airto Ferronato e Tarciso Flecha Negra. Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 048/13, de autoria da vereadora Jussara Cony, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, em reunião ordinária do Conselho Nacional das Cidades, no Auditório da Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadão, em Porto Alegre – RS. Às quinze horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Valter Nagelstein, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 033/13 (Processo nº 0631/13). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 029/13 (Processo nº 2458/13), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Clàudio Janta, Sofia Cavedon e Idenir Cecchim. Foi aprovada a Mensagem Retificativa aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 029/13, por vinte e oito votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Engº Comassetto, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara Cony, Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Foram aprovadas as Emendas nos 02 e 09 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 029/13. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 029/13, por vinte e seis votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna e pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal e Não a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas. Às dezesseis horas e vinte e três minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Mario Fraga, em tempo cedido pelo vereador Nereu D'Avila, Delegado Cleiton, em tempo cedido pelo vereador Paulinho Motorista, Alberto Kopittke, em tempo cedido pelo vereador Pedro Ruas, e Reginaldo Pujol. Ainda, foi apregoado o memorando nº 065/13, de autoria dos vereadores Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta e Tarciso Flecha Negra, comunicando a criação, a partir do dia de hoje, de Bloco Parlamentar composto pelas Bancadas do SDD, do PROS e do PSD. Durante a Sessão, foram registradas as presenças, neste Plenário, do vereador Danilo Barbudo, da Câmara Municipal de Nova Santa Rita – RS –; e do senhor Luciano Marcantônio, Secretário Municipal de Direitos Humanos. Às dezesseis horas e cinquenta e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Dr. Thiago e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Apregoo Memorando nº 021/13 do Ver. Bernardino Vendruscolo (Lê.): “Venho comunicar a criação do Partido Republicano da Ordem Social – PROS, no Estado do Rio Grande do Sul, assim como oficializar a criação da bancada do mesmo, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, tendo como seu Presidente Estadual e Líder da bancada nesta Casa este Vereador, Bernardino Vendruscolo. Diante do exposto, busco todas as prerrogativas regimentais e orgânicas para o PROS. Atenciosamente, Ver. Bernardino Vendruscolo”.

 Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra em Grande Expediente.

 

A SRA. LUIZA NEVES: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; aproveitando, quero dar os parabéns ao Ver. Bernardino Vendruscolo, que está ali recebendo as manifestações dos colegas. Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste aqui e que também nos assiste pela TVCâmara; eu gostaria de dividir estes meus minutos de Grande Expediente: nos minutos iniciais, eu gostaria, Sr. Presidente, de fazer um relatório de viagem.

No dia 23 de setembro estive na cidade de Juiz de Fora, representando esta Casa Legislativa, durante o fórum comemorativo aos 10 anos do Estatuto do Idoso, com a participação das Comissões Permanentes de Direitos Humanos e Idosos de sete capitais. O evento foi convocado pela Comissão de Juiz de Fora, presidida pelo Ver. Isauro Calais.

De imediato, os presentes decidiram pelo agendamento de audiência com a Presidente Dilma Rousseff para apresentação das reivindicações e discussão da política nacional do idoso. A ideia é envolver as 26 capitais. O movimento tende a crescer de forma significativa em função da proposta de estendê-lo para todos os Municípios com mais de 500 mil habitantes.

A reunião foi participativa, representativa e de resultados. Acreditamos que, a partir do evento, as três instâncias de poder – municipal, estadual e federal – estarão mais voltadas para a elaboração de efetivas políticas públicas para a terceira idade. Após a apresentação do trabalho desenvolvido em Juiz de Fora, através de vídeos, ficou evidente que a cidade encontra-se numa posição de vanguarda. Isso foi confirmado nas falas dos Vereadores participantes.

A definição de uma política nacional para os idosos foi considerada urgente pelo Ver. Mário Covas Neto, de São Paulo. Ele observou que a expectativa de vida vem aumentando e que, em 2060, haverá mais de cinco milhões de brasileiros com mais de 90 anos de idade. Trata-se de uma grande conquista, mas é preciso mais investimentos em prevenção. Somente o Estatuto do Idoso, com dez anos, teve seus avanços e suas conquistas, mas é preciso mais ainda. Essa solenidade foi aberta pelo Presidente da Câmara de Vereadores de Juiz de Fora, Julio Gasparette, com apelo ao Governo Federal para que haja um trabalho conjunto para impedir perdas constantes nos benefícios dos aposentados. O Prefeito Bruno Siqueira, de Juiz de Fora, prestigiou o evento, assegurando empenho para que as leis que beneficiam a terceira idade sejam cumpridas. Como encaminhamento final de reunião, foi criado o Fórum Permanente de Defesa do Idoso das Câmaras Municipais, do qual esta Vereadora passa a fazer parte. Ressalto, aqui, a importância da troca de experiências como essa, onde assimilamos novos conhecimentos.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Antes de mais nada, Ver.ª Luiza, meus cumprimentos por ter sido uma das escolhidas para integrar o Fórum Permanente de Defesa do Idoso. A terceira idade se sente fortalecida em saber que existe sensibilidade suficiente de parte dos homens públicos, das mulheres que se encontram envolvidas com a coisa pública, relativamente a essa nova realidade da sociedade brasileira que é uma terceira idade que cresce geometricamente, enquanto vai se desenvolvendo e aumentando a idade média do povo brasileiro.

Eu completei, há poucos dias, 74 anos de idade, e já estou acima da média. Então, cumprimento V. Exa. e quero dizer que me sinto muito bem representado por V. Exa. Sei da sua sensibilidade e sei de quão útil V. Exa. será para essa jornada. Então, proponho-me a oferecer contribuições, e o farei em breve, para que V. Exa. as leve adiante, entre as quais, uma que é absolutamente prioritária, está na pauta nacional da discussão, que é o aumento da chamada idade da expulsória, ou seja, quando, compulsoriamente, as pessoas são excluídas das funções públicas, o que hoje acontece aos 65, 70 anos de idade, e se propõe que seja aos 75 anos de idade, dentro da média de idade do povo brasileiro. Meus cumprimentos, e muito obrigado pela sua participação.

 

A SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Pujol.

 

O Sr. Mario Fraga: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza Neves, também, da mesma forma do Ver. Reginaldo Pujol, mas em meu nome, quero lhe dar os parabéns pelo trabalho que V. Exa. tem feito. Essa sua viagem, como a senhora me relatou ali na nossa bancada, foi muito gratificante; V. Exa. aprendeu mais um pouco. Mas eu também queria dizer que dou os parabéns pelo seu trabalho aqui na Casa; nesses dez meses em que V. Exa. está do meu lado, eu vejo a sua vontade de fazer, a sua vontade de vencer; então, mais uma vez, neste Grande Expediente, que a senhora possa fazer um relato das suas atividades aqui na Casa e fora dela, porque eu a tenho acompanhado também na Comissão de Direitos Humanos, onde V. Exa. tem feito muito. Meus parabéns, Vereadora .

 

A SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Mario Fraga.

 

A Sra. Mônica Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza, parabéns pelo seu trabalho e por esse relato tão produtivo nesta Casa. E quero aqui fazer um registro. Nós tivemos, na semana passada, o Dia do Idoso, os dez anos do Estatuto do Idoso, e se fazem urgentes algumas reflexões sobre a qualidade de vida dos idosos: segurança, saúde, dignidade. Então, neste momento, aproveitando a sua viagem, essa experiência que a senhora traz para Porto Alegre, eu gostaria de fazer aqui este registro.

A SRA. LUIZA NEVES: Muito obrigada, Ver.ª Mônica. Finalizando essa parte do relatório de viagem, quero então concluir do grande aproveitamento por estar compartilhando com outros Parlamentares essa experiência e a comemoração dos dez anos do Estatuto do Idoso, sabendo que ele ainda tem muita coisa a ser melhorada, muitas políticas públicas a serem investidas referentes à defesa dos direitos do idoso. Nós estamos tramitando nesta Casa, e provavelmente estará em votação já na próxima quarta-feira, ou nas próximas Sessões, a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos do Idoso. Por quê? Porque nós entendemos sua grande importância dentro desta Casa Legislativa.

 

O Sr. Paulinho Motorista: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza, eu quero lhe dar os parabéns, e me orgulho muito de trabalhar com a senhora aqui na Câmara de Vereadores, em parceria, orgulho-me por sermos colegas. Agradeço também por esse trabalho que a senhora faz pelos nossos idosos, por quem devemos ter o maior respeito, e espero que, um dia, quem sabe, possamos chegar à idade que eles chegaram. Eu, com certeza, quero viver muitos anos, e então nós temos que pensar nessas pessoas que precisam da nossa presença junto deles, da nossa educação com eles. Todos aqui tiveram os seus pais e mães, quem não tem hoje teve algum dia; hoje eu tenho a minha mãe, e o meu pai faleceu há três anos. A gente tem que ter o maior respeito com eles e tratá-los como se fossem jovens, e não de maneira depreciativa, porque são idosos. Há pessoas que dizem: “Já não vou dar nem conversa para esse cara, porque ele já tem uma certa idade”, às vezes, a gente fica triste por ver que em certos lugares eles são desrespeitados. Eu fico triste com isso. Eu agradeço pelo seu trabalho e sei que, cada vez mais, a senhora vai dar mais força para os nossos idosos, trabalhando sempre em parceria. Eu fico honrado por ser seu colega aqui na Câmara.

 

A SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Paulinho Motorista.

Continuo, então, falando sobre a Frente Parlamentar do Idoso, de minha autoria, que estará sendo votada nos próximos dias nesta Casa Legislativa, por quê? Pela necessidade urgente de novas ações, de novas políticas que venham a beneficiar, defender e assegurar os direitos do idoso. Nós sabemos que Porto Alegre, segundo o Censo de 2010, do IBGE, é a capital com maior número de idosos do País, e nós vemos, a cada dia, crescendo esse número. E o que Porto Alegre tem feito? Nós temos o Conselho Municipal do Idoso, nós temos a Secretaria Adjunta do Idoso, mas nós cremos ainda que muita coisa pode e deve ser feita. E, por meio dessa Frente Parlamentar, nós queremos estar chamando para o debate, para um debate profícuo, para um debate sério, para que as políticas públicas venham realmente a serem efetuadas. Nós sabemos que hoje Porto Alegre conta com várias casas, abrigos, casas-lar para pessoas que precisam de um lugar para ficar. Mas nós sabemos também que é há um desrespeito grandioso com os nossos idosos, sendo que a maioria deles ajuda no sustento da casa, a maioria deles é o elo que une a família. Quando nós trabalhamos em defesa da família, nós temos, sim, que lembrar dos nossos idosos. Então algo mais precisa ser feito, e é por isso que estamos procurando, com novos projetos, dar uma vida mais digna, com melhor qualidade de vida, com mais direitos assegurados, que o idoso não fique em uma fila de hospital, numa sala de espera, num leito de hospital, sozinho, abandonado, mas que todos os direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso, que completa dez anos, que esses direitos sejam efetivados. Esse é o objetivo desta Vereadora ao criar nesta Casa a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos do Idoso.

Eu gostaria de agradecer a todos os Vereadores por suas falas e dizer que eu gostaria de contar com cada um de vocês nessa Frente Parlamentar. Gostaria de agradecer em especial à Ver.ª Fernanda Melchionna, pois o convite dirigido à CEDECONDH, inicialmente, para que a Comissão dos Direitos Humanos participasse nessa atividade em Juiz de Fora foi encaminhado pela Presidente Ver.ª Fernanda Melchionna e, posteriormente, ao Presidente desta Casa, Ver. Dr. Thiago, o que me honrou muito. Eu só tenho a agradecer a todos os colegas Vereadores pela parceria, contribuição e pelo coleguismo. Muito obrigada, e que Deus abençoe a todos.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Sgarbossa.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, prezados colegas Vereadores, Vereadoras, prezados ouvintes, quero, neste período de Grande Expediente, agradecer ao meu colega Ver. Marcelo Sgarbossa, e quero tratar hoje aqui um conjunto de temas, entre eles a questão da mobilidade urbana e das grandes obras da Cidade. Vou fazer uma apresentação em PowerPoint para que nós possamos discutir os principais temas. Prezado Ferronato, Líder do Governo e Presidente da Frente Parlamentar da Copa do Mundo nesta casa, hoje, Porto Alegre está recebendo o representante da FIFA e o Ministro dos Esportes para tratar não só da visita ao Estádio Beira-Rio, mas para tratar das diversas obras referente à Copa. Eu quero retomar um tema aqui que tem sido discussão desta Casa por muito tempo. Nós temos vindo a esta tribuna constantemente, principalmente agora na discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias, para cobrar do Governo Municipal – ao mesmo tempo, oferecer sugestões – sobre o tema da Gestão Pública Municipal. O Governo de Porto Alegre, uma das Capitais que mais têm recebido recurso do Governo Federal no seu conjunto de projetos. São os recursos para a Copa do Mundo, para a mobilidade urbana, para os programas habitacionais, principalmente o Minha Casa, Minha Vida; para a duplicação das estruturas viárias, para saneamento ambiental, e nós nos perguntamos, onde estão os cronogramas dessas obras, para terem início, meio e fim, com controle social e uma gestão que a Cidade possa analisar e responder? Eu quero tratar de alguns temas hoje aqui, meu prezado Ver. Alberto Kopittke. O primeiro deles, Ver. Pedro Ruas, Ver. Cecchim, é sobre um projeto que nós aprovamos aqui, o Socioambiental, que está, neste momento, com cinco anos de atraso para a conclusão das suas obras, com litígio de relacionamento de projeto – foi modificado o projeto assim como foi feito no Conduto Álvaro Chaves, sem justificativas, sem transparência. Essas modificações implicaram e implicam em problemas. Primeiro: não foi concertado com o órgão licenciador, a Fepam; segundo: nós já aprovamos aqui nesta Casa, prezado Ver. João Carlos Nedel, na revisão do Plano Diretor, que todas as vilas irregulares de Porto Alegre deveriam ser incorporadas na regularidade da Cidade, pois o Socioambiental está se instalando na cidade de Porto Alegre e não está incluindo essas comunidades irregulares. As comunidades irregulares não terão os seus esgotos acolhidos e recolhidos por esse programa, que é de 850 milhões, destinados a Porto Alegre. Por que essa morosidade? Temos uma resposta: essa morosidade é por uma incapacidade de gestão da cidade de Porto Alegre.

Segundo eixo, prezado Ver. Nereu D’Avila: a questão da mobilidade urbana. A questão da mobilidade urbana, da mesma forma, tem um conjunto muito grande de projetos do Governo Federal que incide no Município, entre eles para reformular o sistema de transporte público: o BRT. Por que as obras do corredor da Av. Protásio Alves estão paradas? Por que as obras do corredor da Av. Bento Gonçalves estão paradas ou paralisadas? Porque o Executivo Municipal não elaborou os projetos como deveria ter elaborado e não os aprovou no Ministério das Cidades, via Caixa Econômica Federal, o dinheiro está lá depositado.

Eu quero repetir aqui este discurso, desta tribuna, que já fiz no mês de março. Não só fiz como me reuni com o ex-Vereador e Vice-Prefeito, Sebastião Melo, e coloquei a nossa política, a nossa bancada, que, inclusive, é a política do Governo Federal, à disposição para ajudar a resolver os impasses de gestão que existem. Não aceitaram essa possibilidade de colaboração para poder dizer... Porque nós estamos dizendo onde estão os gargalos e estamos oferecendo solução, e o Governo não está aceitando. As assessorias que prestam serviço a esta Casa não trazem as informações corretas. Quero registrar isso, porque isso é do Ministério das Cidades, prezado Ver. Villela, o senhor que já foi Prefeito, sabe que essa cadeia de transmissão tem que estar azeitada, afinada. Hoje, o Prefeito Municipal não tem o comando dessa gestão sobre as obras da Cidade, porque os projetos – averiguei na semana passada no Ministério das Cidades, onde estive – estão incompletos, não estão aprovados, e os recursos estão depositados. Por que a Prefeitura entrou no vermelho? Porque ela deu início às obras, dispôs o recurso que tinha do caixa para fazer contrapartida e não aprovou os projetos. Em função disso, o dinheiro não vem para a Prefeitura. Então, esse é um dos pontos principais da questão das obras que estão paralisadas e uma das preocupações hoje, quando o gerente da FIFA dizia, em Porto Alegre, que o estádio está muito bem, mas está preocupado com as demais obras, que possam ser concluídas no tempo hábil para esse evento. E nós não estamos vendo aqui só as obras ligadas à Copa do Mundo. Nós já sabemos que, por conta desse retardo da agenda, uma possibilidade, que era permitida pelo Ministério das Cidades, o Prefeito já executou. O quê? Retirou as obras da rubrica Copa e passou-as para a rubrica PAC 2 – PAC da Mobilidade e o PAC 2. Bom, esses recursos não são poucos. Porto Alegre, Ver. Mario Fraga, é a Cidade que mais recebe recursos do Governo Federal. De todos os recursos, Ver.ª Mônica Leal, R$ 5,4 bilhões são destinados a Porto Alegre. E isso não é pouco dinheiro, isso não é pouco entendimento republicano; na história da cidade de Porto Alegre, é o momento em que mais recursos existem para instalar os seus diversos projetos.

 

O Sr. Airto Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Apenas uma pergunta: para onde vão e para onde se referem esses R$ 5,4 bilhões?

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Isso é para a totalidade dos projetos. Aí estão incluídos Socioambiental, estão incluídos recursos já apontados para a mobilidade urbana, entre eles o metrô. Esses recursos já estão destinados; agora, não significa que eles já estão todos disponíveis. E quando falo aqui nesta agenda, na incapacidade de gestão, é justamente com esta preocupação: para que Porto Alegre, depois que fizermos o nosso papel republicano, do Governo Federal, do Governo Estadual e Governo Municipal, conquiste esses potenciais. O que nós não podemos deixar é que, depois de conquistado, isso seja perdido por entre os dedos. Essa é uma realidade. Diante disso, eu quero aqui, nos últimos 5 minutos, tratar de um tema de que esta Casa não poderá se furtar até o final do ano, que é o tema do transporte público de passageiros da cidade de Porto Alegre, que foi a grande bandeira.

 

(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Quanto ao Projeto de Lei do Executivo nº 029/13, quero dizer que a nossa bancada apresentou e propôs a esta Casa e à Cidade um debate com outros partidos e com outros Vereadores, e isso está na Ordem do Dia: o projeto que institui o sistema de gestão pública do transporte urbano de Porto Alegre. Essa é a questão central que nós precisamos debater aqui, por que hoje o sistema de transporte de Porto Alegre não é público, é privado? Justifico por que é privado: todo o recurso que cada um dos trabalhadores e trabalhadoras recebem no seu cartão de bilhetagem eletrônica, lá no dia 25 de cada mês, cai onde esse dinheiro? Cai direto na conta da ATP. Alguns utilizarão lá no 30º dia do mês, para quem ficará rendendo esse dinheiro durante esse período? Não é para os passageiros. E aqueles que têm de R$ 200,00 a R$ 500,00 em vales acumulados no seu cartão? Para quem fica rendendo esse dinheiro? Não é para o transporte, não é para o passageiro. Primeira questão é essa. Segunda questão: nós estamos defendendo que o sistema de gestão pública do transporte urbano tenha um fundo público dos recursos, que todos esses recursos da bilhetagem eletrônica, o recurso das isenções tributárias – só este ano, o Governo Federal desonerou a folha de pagamento do transporte público em 3,45%. Aqui nesta Casa, nós votamos um projeto e desoneramos em mais 3%. O somatório disso é 6,15%. Quanto baixou o valor da passagem? R$ 0,50. Façam as contas, meus senhores, minhas senhoras, se R$ 0,05 significa 6,15% sobre o R$ 2,85 que era o valor da passagem. A passagem de ônibus, só com a desoneração em Porto Alegre, deveria custar-nos hoje R$ 2,67. Essa desoneração, Dr. Villela, ficou onde? Fica no caixa da ATP. E mesmo os 3% que nós desoneramos não são R$ 0,05, são R$ 0,07 e 12 avos, se for computado, prezado Ver. Janta, sobre o um milhão de passagens por dia, quanto isso significa diariamente? Façam essa conta, e nós teremos R$ 3 milhões no final de cada mês, que caem no caixa simplesmente da ATP – e não há nenhuma fiscalização do Poder Público Municipal. Então, esse debate nós precisamos fazer.

Logo, além do sistema do fundo público de transporte urbano, nós temos que ter o sistema integrado de bilhetagem do transporte urbano. É inconcebível que um trabalhador de Porto Alegre pegue um ônibus – que tem que ir a Canoas – e pague uma bilhetagem até um determinado trecho; trocou de ônibus, tem que pagar novamente. Se ele for a Sapucaia, tem que pagar um terceiro. O Sistema de Bilhetagem Eletrônica da Região Metropolitana tem que ser integrado, tem que ser um sistema único, que trate dessa bilhetagem onde Porto Alegre esteja integrada ao trem, onde o trem esteja integrado a Canoas, a Sapucaia, a Viamão e, assim sucessivamente, até contemplar toda a Região Metropolitana. Terceiro, esse Sistema, além de estar integrado, tem que ter o seu sistema de transparência. E aqui nós estamos defendendo, prezado Janta, o senhor tem um projeto no mesmo sentido, esse Conselho Municipal de Transporte Urbano não pode ser mais esse Conselho, porque ele não analisa nada, não representa as pessoas e nem as entidades. Nós estamos propondo aqui para o debate que um novo conselho seja constituído e que seja tripartite: um terço representando as entidades empresarias, um terço representando o Poder Público Municipal e um terço eleito diretamente pela sociedade. Se qualquer usuário quer ser membro do Conselho, se candidata, e o público o elege para quê? Para fazer a fiscalização desse sistema. E aí nós entramos na dita planilha de custos. Faz 25 anos que a planilha de custos que não é mexida; é sempre a mesma planilha. Em 25 anos nós mudamos a tecnologia? Mudou a tecnologia do pneu? Mudou a tecnologia dos combustíveis? Mudou a tecnologia dos motores? Mudou a tecnologia da aerodinâmica? Tudo isso mudou! Agora, como é que são esses novos dados, esses novos custos? São analisados, prezado Brasinha? Não são! Eles continuam sendo os mesmos. Então nós precisamos refazer a planilha de custos para que ela apresente os dados reais desse tema.

Sr. Presidente, eu peço o tempo de Comunicação de Líder, por favor, para que eu conclua aqui o debate do projeto que apresentamos, propondo a gestão e o controle do sistema de gestão pública do transporte de Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A partir deste momento, o Ver. Engº Comassetto prossegue a sua manifestação em Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Quero dizer aqui que esta Casa, neste ano, não poderá se furtar deste debate. Não poderá se furtar de fazer aqui um debate com a Cidade e um novo projeto, até porque a Lei nº 5.587, do ano passado, é a Lei da Mobilidade Urbana. Ela determina que este ano todos os municípios têm que fazer o quê? Fazer a licitação do transporte público da Cidade, de todas as cidades. E, aqui em Porto Alegre, o Prefeito terá que mandar Projeto de Lei instituindo a licitação pública no transporte da cidade de Porto Alegre. Agora, nós vamos fazer um sistema de licitação onde o controle econômico continue na mão do empresariado ou é a Prefeitura que tem que ficar com essa gestão? Eu não tenho dúvida: quem tem que ficar com a gestão do sistema de transporte público, prezado Ver. Pujol, é a Prefeitura Municipal. E remunerar, sim, quem trabalha; remunerar, sim, os transportadores que transportam. Transportou um milhão, recebe por um milhão. Porque na planilha de custos já está embutido o lucro dos empresários. Já está embutido o lucro dos empresários! Bom, se já está acordado o lucro, para que ter outros lucros que hoje não são transparentes?

Então, estamos apresentando este projeto, estamos trazendo-o para o debate, estamos oferecendo à imprensa que aqui nos assiste, estamos oferecendo à comunidade para dizer: sistema de gestão de transporte de passageiros em Porto Alegre não poderá mais ser privatizado; tem que ser público. E todos esses recursos que eu falei aqui antes, que vêm do Governo Federal, que são para mobilidade urbana, são recursos públicos. Com relação aos BRTs, refazer os corredores, refazer as paradas, refazer os terminais – isso usa recurso público. Agora, qual é o benefício que o setor empresarial está oferecendo nesse diálogo? Bom, nós queremos discutir isso, abrir esse debate.

E aqui eu aproveito para dizer que o sistema dos lotações, nós aprovamos a lei aqui a partir do projeto que ofereci em 2010, que criou as linhas de táxi-lotação para a Restinga, para Belém Novo e para a região do Extremo-Sul que até agora não estão instaladas por conta de disputa judicial. Creio que nós temos que retomar esse tema, fazer um novo pacto, e se não der para ser aquele projeto, de imediato o Prefeito tem que convocar uma nova licitação para que os lotações circulem – dentro de um projeto que tive o prazer de provocar aqui, como autor de um primeiro projeto que resultou na criação dessas linhas de táxi-lotação –, pois a população não pode mais esperar. E aqui eu preciso cobrar, sim, do meu amigo Ver. Airto Ferronato, cobrar do nosso assessor Gil, porque quando votamos a lei, nós aprovamos outros dois eixos que o Governo teria que fazer: teria que fazer um estudo no sistema de táxi-lotação e apresentar, no segundo ano – já venceu, agora, em agosto –, toda a deficiência dos bairros em relação aos lotações. Não fez o estudo e não apresentou. Gil, eu estou falando com seriedade, portanto exijo o mesmo respeito de todos aqui, principalmente quando representam o Governo.

Quero dizer isso para também dizer que naquele momento nós também aprovamos a integração da bilhetagem eletrônica: quem usa ônibus pode usar a bilhetagem eletrônica nos lotações. Agora, o que o Governo fez não foi o que foi acordado aqui, o que está escrito. Só pode usar a bilhetagem eletrônica nos lotações aquele que vai lá e compra antecipado. O trabalhador que ganha a bilhetagem eletrônica – que é paga pelo patrão – não pode utilizá-la nos lotações. E não foi isso que nós acertamos e acordamos aqui. Então o Prefeito Fortunati e a sua equipe tem que trazer essa dívida para esta Casa, porque quem usa lotação, prezado Ver. Professor Garcia, não compete com os ônibus. Quem usa lotação tira o carro da rua, e nós temos que propiciar que esse sistema, que a lei que nós aprovamos, a Lei nº 512/2010, seja executada pelo Executivo Municipal. Porque ficaram esses dois pontos. O Governo iria apresentar um estudo de toda a cidade com as debilidades que tem o sistema de lotação e oferecer um prolongamento, também colocando 10% a mais de carros-reserva, e isso não veio. Já venceu o prazo, foi em agosto deste ano. E o segundo ponto é essa integração da bilhetagem eletrônica. A bilhetagem eletrônica, conforme a lei que discutimos e no entendimento da nossa bancada, do Partido dos Trabalhadores, é para que todos que a têm possam utilizá-la nos lotações e não só para aqueles que pagam antecipado. Porque, se eu quero sair em um domingo e pegar um lotação, um veículo mais rápido, por motivo de doença ou outro, o trabalhador também tem esse direito. Então estamos oferecendo aos colegas esse debate do sistema de transporte com gestão pública na cidade de Porto Alegre e não podemos mais esperar. Este semestre...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiramente quero, em nome do Partido Trabalhista Brasileiro – Ver. Cassio Trogildo, Ver. Paulo Brum e Ver. Alceu Brasinha –, saudar aqui o Ver. Clàudio Janta nesta nova iniciativa, no Solidariedade. Receba, Vereador, a nossa parabenização pela iniciativa e a acolhida do PTB. Receba também, Ver. Bernardino Vendruscolo, do Partido Republicano da Ordem Social, o PROS, em nome do PTB, nossa palavra de acolhida e parabenização pela iniciativa e pela coragem de estar enfrentando esse novo desafio.

Colegas, quero lembrar que hoje, dia 7 de outubro, faz exatamente um ano do dia da eleição; faz exatamente hoje um ano. No ano passado, a esta hora, já estávamos a duas horas de encerrarem as urnas de votação. Portanto, hoje, Ver. Paulinho, está completando um ano do dia da eleição. Quero dar os meus parabéns a todos os colegas Vereadores que aqui estão, Ver. Derly, porque foi realmente um processo exaustivo, mas aqui estamos representando essa parcela significativa da população do Brasil, que é a capital porto-alegrense. Portanto, a todos colegas, parabéns também por este um ano de PTB ou um ano que o PTB também conquistou, elegendo quatro Vereadores, entre os quais também estão o Ver. Humberto Goulart e o Ver. Carlos Henrique Casartelli, nas Secretarias, desenvolvendo suas atribuições. Portanto, parabéns a todos os colegas.

Mas colegas, o que também me traz à tribuna hoje é uma situação que foi veiculada ainda muito cedo pela manhã de sexta-feira, eu ouvia sendo veiculada a prisão de dois homens, um de 57 anos e outro de 29 anos. Esses dois homens estupraram um menino de 9 anos de idade na Zona Norte de Porto Alegre. O menino chegava em casa num horário rotineiro e chegou em casa às 20h, e o pai estranhou o comportamento do menino – eu fui Conselheiro Tutelar, agi em diversas situações semelhantes verificando a mudança comportamental de uma criança que é vítima de abuso, que é vítima de maus-tratos, e aqui está o Fúlvio que foi meu colega Conselheiro Tutelar –, o pai então verificou aquela mudança de comportamento, o horário, o atraso da criança e recorreu à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, o DECA Vítima, e foi acolhido pelos policias na Delegacia. Em uma ação de estratégia, a Polícia Civil se dirigiu a casa desse bandido, desse criminoso de 57 anos, onde encontrou revistas pornográficas, brinquedos, um facão – arma utilizada para ameaçar a criança, caso falasse ao seu pai ou à sua família do que havia acontecido – com o qual ameaçaram a criança de morte. Esse homem, com 57 anos, e o outro com 29 anos cometeram esse crime bárbaro e – pasmem, Srs. Vereadores, amigos, amigas, pessoas que nos assistem pela TVCâmara –, pela segunda vez cometendo esse crime bárbaro! Lugar de bandido é na cadeia, lugar de pessoas dessa estirpe, desse perfil é atrás das grades.

O Código Penal, no seu art. 217, letra a, quando fala do estupro de vulneráveis, estabelece uma pena de 8 a 15 anos de prisão em regime de reclusão. Convenhamos, 15 anos para um bandido desse? Quinze anos para uma pessoa dessa natureza? Convenhamos, é muito pouco. É revoltante essa situação, choca-nos essa situação.

Ainda hoje falava com o Delegado Leandro Cantarelli, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, falava também com a Comissária Suzana Braun, com o Inspetor Jailton, parabenizando a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima pela atuação neste caso e em casos similares.

Portanto, colegas, como Presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, nós estaremos aqui protagonizando uma ação com a Delegacia da Criança e do Adolescente, com os órgãos de proteção do Município, com os Conselhos Tutelares a fim de lançarmos uma campanha de profilaxia, uma campanha de prevenção para que possamos ver cada vez menos esses crimes bárbaros acontecendo na cidade de Porto Alegre, que tanto nos revoltam e nos deixam em uma situação como essa. Portanto, agradeço a atenção de todos. Unidos estaremos contra esses bandidos, pois seu lugar, na verdade, é na cadeia. Obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente desta Casa, Dr. Thiago; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; senhores visitantes, senhores funcionários, senhoras e senhores, o Rio Grande, neste momento – e faço questão de registrar este momento histórico –, passa a viver uma nova situação política. Neste final de semana, o Brasil – o mundo político, os brasileiros e brasileiras – foi surpreendido pela opção da nobre ex-Senadora, honrada, ilibada, a Marina Silva, cujo partido foi denegado no Superior Tribunal Eleitoral; foi um impacto político pela sua opção, que deve ser respeitada.

E a partir deste momento, o Rio Grande vive uma nova situação, eis que um grande jornalista, um jornalista emérito, um jornalista ilibado, um jornalista acima de qualquer suspeita, o Lasier Martins, também resolveu ir para a política. É muito bom! O povo sabe, o povo quer opções novas, as ruas foram tomadas por pessoas que querem novas opções, e têm direito a novas opções. Se os novos brasileiros, se a juventude – tirando os anarquistas –, se aqueles que buscam as ruas querem situações de anticorrupção, de renovação política, querem que métodos absolutamente superados sejam vencidos e higienizeada a política, realmente hoje o PDT tem a honra de acolher um pré-candidato ao Senado. Isto, repito, tem o mesmo impacto da opção da ex-Senadora, e nós do PDT estamos muito contentes pela opção política do nobre Lasier Martins, em ele homenagear o seu pai, que foi um trabalhista histórico, e dizer que opta pelo PDT, pela bandeira da educação. E eu diria que estamos eufóricos, nós, pedetistas, porque realmente a bandeira da educação é insuperável. Leia-se Coreia do Sul, que na década de 50 estava em guerra com a Coreia do Norte, estava em crise, destruíam-se mutuamente; hoje, a Coreia do Sul é um dos países mais citados e importantes do mundo, graças à educação. Então, não resta dúvida: país sem educação é país sem futuro! E o PDT, graças a Leonel Brizola e figuras históricas como João Goulart e tantos outros, deu a conotação que sem educação não há salvação!

Amanhã os jornais noticiarão, em manchete, que Lasier Martins toma opção política – repito – importantíssima. Quisera Deus que muitos cidadãos do gabarito, da história, do estofo moral de um Lasier Martins viessem para a política! Não estou dizendo aqui que tinha que ser o PDT, claro que não, todo mundo sabe. O que importa é que a política seja mais respeitada, mais acatada, que os cidadãos e cidadãs tenham mais opção política. E o cargo de Senador é importantíssimo! O último Senador do trabalhismo foi Salgado Filho, que dá nome a uma avenida importantíssima em Porto Alegre, e que infelizmente morreu num desastre de aviação. Mas foi o trabalhismo antigo. O PDT nunca teve realmente um candidato, e a perspectiva e a potencialidade de ter um novo Senador da República. É claro, a partir de amanhã, todos os partidos no Rio Grande do Sul voltam-se para uma nova discussão, porque sem dúvida a opção de Lasier de adentrar na política, a partir de amanhã, muda o quadro de xadrez político do Rio Grande do Sul, que estava, pela última pesquisa do Ibope, já cristalizando-se em situações para o Governo e para o Senado. Mas, realmente, a vinda do Lasier – e particularmente sou testemunha, pois fui colega de faculdade da UFRGS do Lasier, e conheço desde lá a sua tranquilidade, a sua boa conduta, depois foi jornalista esportivo e uma das expressões mais fortes da RBS. E abandona essa opção, na qual ainda tinha muito futuro, para adentrar na política e num partido político cuja honra o PDT neste momento saúda com muita emoção. Seja bem-vindo, Lasier, às hostes do PDT; seja bem-vindo, Lasier…

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. NEREU D’AVILA: ...juntar às hostes da política que precisa de valores como tu, Lasier. E queira Deus que outros cidadãos tenham condições de concorrer não só ao Senado, mas seja ao que for, porque o importante é que oxigenemos a política. O Rio Grande, neste momento, está dando um grande exemplo no sentido – vai sofrer as críticas, vai sofrer os embates da política partidária –, já que é um grande valor. Mas o que importa é que ganhou o Rio Grande, ganhou a democracia e ganhou o PDT. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Apregoo Memorando nº 048/2013 (Lê.): “Venho, por meio deste, solicitar a minha participação como representante da Câmara Municipal de Porto Alegre, na reunião ordinária da Concidades, a ser realizada no dia 7 de outubro, às 14h, no Auditório da SEPLAG, no Centro Administrativo do Estado, 10º andar, onde represento os Vereadores do Rio Grande do Sul. Convocação em anexo. Ver.ª Jussara Cony.” Esta Presidência defere o pedido.

O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, uma ótima semana de trabalho, que seja muito profícua para todos nós, para os que nos assistem, agradeço aos três partidos – PT, PSOL, e PCdoB – a oportunidade de ocupar a tribuna pela oposição para repercutir e refletir sobre uma matéria publicada hoje, na página 26 do Jornal do Comércio, uma matéria de muita qualidade do Juliano Tech sobre os recursos aplicados pela SMOV nos últimos anos. Por que eu acho essa matéria bastante relevante, até porque vamos discutir na sequência a LDO? Porque essa matéria demonstra que, nos últimos três anos, a SMOV, que é uma Secretaria muito importante do nosso Município – e aqui eu quero deixar muito claro que a minha crítica não vai em direção ao Secretário anterior ou a este, mas, sim, à atual administração, pois invariavelmente o Governo vem aqui – eu já ouvi essa frase várias vezes –, reporta que a Cidade vive o seu maior volume de investimentos e nos traz alguns números, que são uma mera ficção, para dizer o mínimo, porque, caro Comassetto, não mais do que 15%, Ver. Nedel, da verba da SMOV é efetivamente executada. Daquilo que nós vamos discutir agora, não mais do que 15% das obras... Aquela obra que vai para a casa das pessoas, que é o asfalto na rua, que está na Operação Tapa Buracos, que é a infraestrutura básica da cidade, pelo que eu tenho visto – nesse sábado estive no Mandato na Rua, na Vila Safira – está faltando muito. Não sei por que não estão aplicando os outros 85%, porque a Cidade está precisando!

Então, esta é uma Administração que se baseia apenas em meia dúzia de grandes obras e abandona o resto da Cidade. E aqui está a comprovação desse fato, nos números: apenas 15% do orçamento da SMOV. E por que isso não é culpa do Secretário anterior e nem do atual? Porque é a Secretaria da Fazenda e o Gabinete do Prefeito que controlam essa verba. São eles que gestionam, efetivamente, o orçamento. E por que não vão os outros 85%, e ficam só no papel? Por que os outros 85% têm sido uma falácia orçamentária? Porque a Administração tem usado mal os recursos para pagar os CCs, os 1.200 CCs – é por isso que, depois, o Secretário de Obras não tem os seus recursos. Mesmo que tente fazer um trabalho, não tem dinheiro porque tem que pagar os CCs, que estão inflando a Prefeitura, como nós temos mostrado aqui. Esse aumento, nos últimos dez anos, de mais de 200% de CCs, é o que tem inviabilizado a nossa Cidade de ter a pavimentação básica nas suas ruas. Esse é um dado mostrado agora, em números.

Eu acho que é um fato muito relevante e assustador saber que este Orçamento que nós vamos votar agora não passa de uma peça de ficção na vida das pessoas. Ele não chega aos bairros da Cidade porque a atual gestão, efetivamente, não investe nos bairros, muito menos naqueles de periferia. Nós vivemos hoje numa cidade maquiada, apenas na região central da classe média, média alta, porque na periferia da Cidade não chega o asfalto, não se tapa buraco e não se coloca nem água mais nesta Cidade. É isso que nós temos ouvido em cada uma das vilas pelas quais nós passamos, nos últimos dias, nos bairros da nossa Cidade. Nós deveríamos ter tido R$ 486 milhões, mas somente R$ 67 milhões, de fato, foram executados. Esta é a realidade.

Depois, as campanhas eleitorais maquiam, os discursos maquiam, mas a vida da Cidade ninguém consegue maquiar, que é uma Cidade, efetivamente, onde os recursos não são investidos, e não se sabe exatamente para onde vão. Talvez, a Procempa saiba – a Procempa talvez saiba para onde estão indo os recursos da nossa Cidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. CASSIO TROGILDO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, falo pela Liderança do Governo para debater com o Ver. Kopittke, que me antecedeu nesta tribuna, com relação à informação do orçamento da SMOV. Se estivesse aqui o Líder do Governo, o Ver. Ferronato, que é especialista em orçamento, ele poderia explicar, meu Prefeito Villela, com muito mais predicados. Eu vou aqui, humildemente, procurar não rebater o nobre Ver. Kopittke, mas colocar a nossa posição em relação a essa questão.

Primeiro, precisamos fazer uma separação, na questão orçamentária, entre o que é recurso de manutenção, que entra na parte de custeio, e que é recurso de investimento. Não sou especialista na área, mas a minha formação de Administrador, lá na disciplina de orçamento, fazia essa distinção, e é muito importante para sabermos do que estamos falando. Por exemplo, a foto que tem aqui, no jornal citado: esse tipo de buraco é tapado com recurso de manutenção, e não com o que está falando a matéria aqui, na parte de investimento.

Então, Delegado Cleiton, que usaria este tempo, e a quem já agradeço pelo espaço, o Extremo-Sul, que tem muitas vias que não são pavimentadas, depende de duas coisas para melhorar as suas vias: manutenção através de patrolamento e ensaibramento, que não são realizados com esses recursos que estão sendo falados aqui, mas com investimento, sim, pois depende de demanda do Orçamento Participativo, de projeto, de obra de investimento para pavimentar aquelas vias. Esses dados foram tirados do site da Prefeitura, através do site do Portal da Transparência.

O que aconteceu, Ver. Kopittke, de 2010 para cá? Porto Alegre se habilitou, Ver. Comassetto, para os recursos de obras da Copa, que hoje não são nem obras da Copa mais, mas um PAC normal, e não tem mais essa diferenciação. Precisava Porto Alegre, para assinar os contratos, ter esses valores orçamentados desde 2010. E, no início desse processo, Porto Alegre orçamentou o conjunto dos valores, inclusive a parte do financiamento. No início, os 20% eram a contrapartida; hoje, nem tem mais contrapartida. A partir de 2012, a Prefeitura dividiu esses valores: pegou o montante do financiamento e botou apenas a metade no ano de exercício, porque essas obras não terminariam em um único ano de exercício. Então nós precisamos bem fazer essa diferenciação, Ver. Pujol, porque, na verdade, esses recursos estão orçamentados lá, e a SMOV nunca teve um orçamento de investimento de R$ 500 milhões, e nem de R$ 100 milhões; aliás, todo o orçamento da SMOV para pessoal, manutenção e investimento, ao longo dos anos, era de cento e poucos milhões. Então esses valores que estão aqui orçamentados dizem respeito à Matriz de Responsabilidades contratada com o Governo Federal, que vai levar vários anos para ser executada. Um pouco disso aqui tem lá no orçamento da Secretaria de Mobilidade Urbana, que é a parte dos BRTs.

Então, Ver. Alberto, para terminar aqui a nossa manifestação – e, como eu disse, humildemente, eu não estou aqui rebatendo, mas procurando ajudar no esclarecimento –, esses valores vão ficar gravados no Orçamento do Município, na Secretaria de Obras, na Secretaria de Mobilidade Urbana, enquanto estiver em andamento. Aliás, eles só vão começar a sair quando for resolvido o problema dos repasses do Governo Federal e isso começar a entrar no caixa da Prefeitura, quando começarem a haver as liquidações e, inclusive, os pagamentos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Vereador-Presidente desta Casa, Dr. Thiago, os nossos cumprimentos; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero iniciar a minha fala, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores e Dr. Thiago, dizendo que, depois da cirurgia, ficamos um período com curativo, aí o curativo incomodava um pouco e acabamos buscando um tapa-olho. Eu joguei com a possibilidade de me acostumar e chegar ao final do ano, no recesso, sem usar o tapa-olho, o que virou uma bengala para mim. Só para os senhores terem uma ideia, em casa, às vezes, eu boto o tapa-olho, para me sentir mais seguro – vejam que coisa louca. Mas as gozações têm sido muitas na rua, e eu agora já estou com uma prótese. (Pausa.) O Dr. Thiago está me fazendo uma lembrança. Na verdade, nós recebemos o diagnóstico de câncer – melanoma de coroide –, e não teve outra opção a não ser a retirada do olho. É engraçado, Ver. Villela, que nós acabamos tendo uma dificuldade, até porque isso aqui passou a ser uma bengala para mim, uma necessidade, Secretário Marcantônio, de ter que usar esse tapa-olho quase que permanentemente, inclusive dentro de casa. Agora, hoje, eu já resolvi, mas eu tinha uma dificuldade. Eu necessitava que as pessoas tomassem conhecimento de que eu não enxergo com um olho, enfim... Outro dia acabei virando um copo, claro que a gente acaba tendo dificuldade. Mas eu já estou dirigindo, está tudo bem, graças a Deus!

Às vezes as gozações incomodam, porque, como homem público, as pessoas não sabem e até pensam que se está fazendo de propósito. E eu tinha me programado para, durante as férias, retirar o tapa-olho; ia para as bandas de Iraí, Frederico, pescar, que é o que eu sei fazer também, muito benfeito, modéstia à parte, campeão de pescaria – brincar também faz parte. Mas hoje eu tomei uma definição, este final de semana eu já tinha resolvido isso. Então, estou tirando – olhem a maravilha! –, mas antes vou fazer um suspense. Imaginem os senhores e as senhoras se eu não tivesse as condições que eu tenho, que me diferenciam de milhares de brasileiros.

Fernanda, com certeza absoluta, se eu não tivesse tido um pronto atendimento, com médico de primeira, hospital, enfim, tudo que milhares de cidadãos brasileiros não têm – V. Exa., como médico, sabe do que estou falando –, eu, com certeza, não estaria aqui. No entanto, estou aqui, e inclusive com uma prótese. Agora todos sabem que é este olho, mas olhem bem aqui: ele mexe, pisca – eu já ensaiei, estou piscando! Com isso, quero, primeiro, agradecer pelo apoio que recebi dos senhores e das senhoras, dos meus médicos, de V. Exa., Ver. Dr. Thiago, que muito me apoiou, enfim, de todos os senhores e senhoras aqui, dos quais levo todo o apoio. Eu vou guardar este tapa-olhos.

Vocês viram que eu também gosto de fazer algumas brincadeiras, acho que faz parte, a gente vai amadurecendo, e eu prometo que não vou brigar tanto, mas vou procurar ser mais criativo.

Então, vou aproveitar para dizer o seguinte: lá perto da minha casa... E sabem como é ruim, perto da casa da gente, receber demandas, e elas demorarem para serem atendidas. Esta é uma fotografia de sábado – estou com o jornal aqui – onde eu estou lendo o jornal... (Mostra fotografias.) No prolongamento da Av. Gen. Gomes Carneiro, na Av. Terezina, em frente ao Colégio Medianeira. Esta é a fotografia de sábado, e esta é a fotografia de hoje. Vereador, V. Exa. que é Líder do Governo. Eu estou lá fazendo uma leitura com o jornal, no meio da rua. Levo a cadeira lá, e, todos os dias, eu vou fazer isso. E não vai ter problema nenhum, porque nós não vamos aqui fazer discussões maiores, não vamos brigar, só que, todos os dias, os senhores saberão que eu virei a esta tribuna com estas fotografias, porque é impossível nós aceitarmos ter uma cratera naquele local. Esta fotografia mostra um sofá, um galho e uma folha de palmeira. Isto aqui é uma cratera próximo da minha casa, mas independentemente de ser próximo da casa de um Vereador, acho que temos que começar... E quem fala não é de oposição; já disse dos bons discursos. Outro dia, fiz um elogio ao Ver. Valter, porque esse é o nosso trabalho. Por esse motivo, nós temos a oportunidade de representar o povo nesta Casa e temos esse compromisso. Nessa mesma rua, em frente ao Colégio Medianeira, esta foto (Mostra foto.) mostra a típica falta de educação do povo, porque largam lixo de toda natureza nas vias públicas. Evidentemente, cabe ao Poder Executivo dar uma solução a isso, recolher, multar, enfim, nós não podemos, por conta disso, não dar soluções para os problemas da Cidade.

Vamos permanecer lutando, o PROS vem com esse objetivo, os senhores e senhoras me conhecem, eu não venho fazer oposição por oposição simplesmente. Nós já temos uma história nesta Casa e vamos continuar trabalhando nesse sentido. Podem contar com o PROS e com este Vereador, porque trocamos de partido, mas não trocamos de princípios. Quero desejar também muito sucesso a todos que me desejaram sucesso e contem com a nossa parceria.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero registrar a presença do Ver. Danilo Barbudo, do Solidariedade de Nova Santa Rita. É um prazer tê-lo aqui conosco.

Quero dizer ao Ver. Bernardino que é importante nós termos essa consciência. E, cada vez que vamos à tribuna colocando as nossas dificuldades pessoais, coletivas, da nossa atuação, a gente também rompe com diversos tipos de preconceitos e com diversos tipos de situações das nossas comunidades. Realmente, Ver. Bernardino, a questão da oncologia é extremamente preocupante para todos nós, porque essas pessoas precisam efetivamente de um atendimento completamente diferenciado e muito mais premente.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que estão conosco nesta tarde, é bom nós vermos daqui e ouvirmos da Tribuna o Ver. Bernardino Vendruscolo, que, com sua posição sempre tranquila e simpática, vem aí nos mostrar a evolução do seu tratamento. Quero dizer que todos nós estamos bastante felizes com a sua recuperação, assim como a recuperação do nosso estimado Secretário e Vereador Luciano Marcantônio. Graças a Deus, felizmente, dois colegas nossos, Vereadores de primeira linha de Porto Alegre, estão bastante bem com seus tratamentos, e podemos dizer que estão recuperados; isso é bom para a cidade de Porto Alegre.

Eu quero, neste Tempo de Liderança, muito rapidamente – acredito que hoje é o momento necessário –, falar sobre a nossa questão: PSB e Marina Silva; Marina Silva e PSB. Queremos dizer que estamos felizes – nós do PSB, e acredito que o País todo – com a chegada da Senadora ao nosso Partido. Com isso, nós temos esse extraordinário reforço, que não é um reforço para o PSB, é um extraordinário nome para a sociedade brasileira, para o eleitor brasileiro, e nós temos aí reforçado um projeto novo. Certamente, uma nova alternativa e, certamente, uma diferenciação das campanhas eleitorais que se travam neste País nos últimos tempos, diria décadas, sempre candidaturas e campanhas bipolarizadas. Temos hoje, sim, uma terceira via que se consolida, e isso é bom, repito, para a democracia do País. Nós queremos também fazer um registro de que a Senadora Marina não veio porque veio: certamente, a Senadora também fez uma análise bastante criteriosa do porquê se aproximar e estar conosco enquanto partido, o PSB. A Senadora Marina sempre propôs construir uma nova proposta para o País, e os fatos hoje estão consolidados. E agora, aqui, a partir de hoje, nós precisamos respeitar as nossas divergências para convergir em uma candidatura em que, respeitadas as diferenças, mantenha-se e construa-se na solidariedade, na capacidade de diálogo e na relação fraterna entre os nossos diferentes partidos, a nossa posição. É respeitável essa construção que fizemos, mas, antes de mais nada, respeitável também é a construção que a Senadora, com o seu partido, vinha buscando. Aliás, nós, do PSB, ajudamos na busca de assinaturas para construir o partido, lutamos pelos direitos do Fundo Partidário e ingressamos, inclusive, com uma ação na Justiça, para garantir que seja possível que esses fundos sejam distribuídos a todos.

Nessa esteira e chegando ao final do meu pronunciamento, agora, nós temos que buscar essa consolidação, com paciência, com diálogo, respeitando as posições que construímos e as posições que foram construídas pela Senadora Marina, para fazer um projeto que busque responsabilidade para o futuro do nosso País. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Saudamos a presença do Secretário Luciano Marcantônio, também Vereador desta Casa.

O Ver. Tarciso Fecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FECHA NEGRA: Boa-tarde ao Presidente, aos Vereadores e Vereadoras e a todos que nos assistem neste momento. Parabenizo o meu colega e amigo Bernardino Vendruscolo. Eu já tinha te dito: “Que olhos lindos!”, mas não confundas. Bernardino Vendruscolo, a prótese ficou maravilhosa, meus parabéns. Na tua fala aqui, Ver. Bernardino, não é porque tu mudaste de partido, assim como o Ver. Janta, que os nossos projetos, as nossas ideias, um projeto do povo de Porto Alegre... O nosso partido, Janta, Bernardino, tem projetos para o povo de Porto Alegre. Essa é a nossa bandeira, é o mais importante – o povo está nos mirando –, esse é o nosso princípio. Eu pretendo, dentro do PSD, continuar com essa posição, sempre buscando, em primeiro lugar, o povo, e, depois, interesses. Por isso foi dado esse voto a mim, foi confiado esse voto a mim, para que eu lutasse por esse povo. Eu tenho por princípio, no coração, Ver. Pedro Ruas, desde que comecei a jogar futebol, quando aquela torcida gritava o meu nome, eles confiavam em mim. E é assim na política, vou lutar por essas pessoas e por outras que confiam no meu trabalho, que confiam que tudo o que eu estou fazendo aqui na Câmara são projetos para o povo.

E quero agradecer também, de todo o coração, por esse sábado que foi maravilhoso, de muita emoção, muita alegria. Isso que me dá energia para, cada vez mais, lutar por esse povo. Foi o jogo beneficente no campo suplementar do Grêmio. O Ver. Paulinho Motorista esteve lá, jogou, fez um golaço. Recolhemos mais de 300 quilos de alimentos não perecíveis para a creche da Nara, do Saber, são quase 50 crianças. Ela me dizia que tem alimentação para essas crianças até dezembro. Eu falei: Fique tranquila que, em dezembro, virá outro jogo e mais forte ainda. Eu joguei tanto, tanto, tanto na minha vida, por que não jogar por esses baixinhos? Janta, porque não jogar por esses baixinhos? Aí começa a inclusão social! Aí começa o carinho! Aí começa o amor pelo ser humano! Então, eu quero agradecer ao pessoal do Lindoia, ao Liberal, ao Júlio, ao call center da Zero Hora – o Mota, o Deto, o Carlos – ao Jurandir, à minha equipe toda que, juntamente com a minha esposa, lutaram para que isso acontecesse; nós colocamos umas 150 pessoas, foram quatro times jogando no sábado, um dia maravilhoso.

Eu quero dar os parabéns! E não é o Tarciso, são vocês que fazem. O Tarciso é mais uma peça nessa engrenagem e vai estar sempre junto para que esse motor funcione, para a inclusão social da criança, do jovem, através da educação e do esporte. Essa é a minha bandeira! Eu esteja aqui ou não, essa sempre vai ser a minha bandeira. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h42min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Valter Nagelstein, solicitando a retirada de tramitação do PLL nº 033/13.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Valter Nagelstein (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2458/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 029/13, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2014. Com Emendas nos 01 a 13. Com Mensagem Retificativa.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto, da Mensagem Retificativa e das Emenda nos 02 e 09, e pela rejeição das Emendas nos 01, 03 a 08 e 10 a 13.

 

Observações:

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;

- o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 2º, do Regimento);

- incluído na Ordem do Dia em 25-09-13;

- discutiram a matéria os Vereadores Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Engº Comassetto, Alberto Kopittke, Marcelo Sgarbossa (cedeu p/ Sofia Cavedon) e Jussara Cony, em 02-10-13.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLE nº 029/13. (Pausa.) Não há mais quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 029/13.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, quanto ao projeto que está na Ordem do Dia de hoje, sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2014, tenho dito em todas as reuniões, em todos os debates em plenário, que considero este um dos projetos mais importantes, porque aqui nós podemos avaliar o desempenho do Governo e projetar ações futuras. Portanto, não há como nós discutirmos o Projeto de Lei que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias se nós não analisarmos o projeto que foi votado no ano passado. Então, o projeto que foi votado no ano passado propunha um conjunto de desenvolvimentos da Cidade e a maioria deles não foram realizados. Nós estamos novamente votando um projeto que envolve uma previsão orçamentária de R$ 5 bilhões. Isto é muito dinheiro! Agora, prezado Sr. Marino que está aqui, da comunidade do Túnel Verde, nós já aprovamos no orçamento do ano passado que a Prefeitura teria que realizar as obras do Túnel Verde, por exemplo, Ver. João Carlos Nedel. Não foram realizadas – nenhuma delas –, inclusive com decisão judicial. Inclusive o financiamento nós discutimos e analisamos aqui nesta Casa, que era para o Túnel Verde, o acesso norte do Porto Seco e um conjunto de outras vias. Não foram aprovadas. O saneamento básico urbano do DMAE, que eu já vim trazer aqui na tribuna há poucos minutos e cobrei; R$ 850 milhões. O DMAE tem de vir a esta Casa fazer uma prestação de contas. Por que esta obra nunca conclui se estava previsto seu encerramento, sua conclusão para cinco anos passados? São R$ 850 milhões destinados para o Programa Socioambiental! E aqui faço outra pergunta: por que as comunidades irregulares estão ficando fora do saneamento ambiental? Estão ficando sem os seus esgotos recolhidos para serem tratados? Está errado, isso não é o que está escrito aqui na política. Outra questão que nós aqui aprovamos: Secretaria de Saúde, tinham que ter 250 equipes de Saúde da Família. Quantas temos hoje? Cento e poucas. Então, temos que aprovar, sim. Vamos votar a favor da LDO, mas temos a responsabilidade, neste momento, de vir aqui e perguntar para o Governo sobre a que nós aprovamos no ano passado, por que não foi realizada, por que está voltando novamente neste momento, para que possamos fazer essa cobrança? Aí, aqui diz: gestão total. Pessoal, que gestão total é essa da Prefeitura que as Secretarias não se entendem, que os arquitetos, engenheiros, biólogos, geólogos, e assim por diante, não conseguem aprovar projetos em Porto Alegre? Porto Alegre está tendo um dos declínios na sua economia porque a sua indústria da construção civil, ou seja, a reurbanização da Cidade não consegue aprovar projetos aqui em Porto Alegre. Aqui, repito, nós votamos no ano passado a criação da Secretaria Municipal de Urbanismo – SMURB, agora também se criou o Escritório da Cidade, também tem a SMAM, tem a SMOV, tem o DEP. Então, essa é uma agenda que há poucos minutos eu discutia com o Gil, e ele me disse que agora vai ser feita uma reformulação geral e uma nova sistemática de funcionamento. Esperamos que isso venha para resolver os problemas, porque, no momento em que aprovamos um projeto com essa magnitude, mas que a gestão falha, a cidade é que perde. Volto a dizer que a grandeza da Lei de Diretrizes Orçamentárias é intensa e imensa, nós queremos que isso seja realizado. Portanto, nós vamos votar a favor, a bancada do Partido dos Trabalhadores votará a favor da LDO, mas nós precisamos que o Governo dê respostas efetivas, que as obras que estão paralisadas deixem de estar paralisadas e que aceitem inclusive a sugestão que temos feito de que um dos problemas centrais é a falta de gestão na execução de tudo que nós aqui aprovamos. Um grande abraço. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 029/13.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Ver. Dr. Thiago, venho encaminhar em nome da Bancada do PSOL, em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas, trazendo três elementos que para nós são importantíssimos no momento de discussão, tanto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, esta peça que discutimos neste momento, quanto no Plano Plurianual que discutimos anteriormente, quanto no Orçamento, que chegará a esta Casa, cujo debate político deve ser feito. Primeiro, da imensa coleção de projetos que se sucedem, ano após ano, nessas peças, e que de fato não são efetivados. Uma verdadeira peça de ficção científica em que o Governo arrola projetos como a atenção à saúde da mulher e a revitalização da Orla do Guaíba, que há cinco anos nós encontramos entre os projetos listados no Orçamento e com recursos previstos, mas que não são executados. Isso é importante, porque não adianta a população fazer o debate político, os parlamentares, através de emenda, chamarem atenção para aspectos fundamentais, e nem sequer aquilo que está previsto é executado. Segundo: a política sistemática do Governo em priorizar questões não só absolutamente secundárias, como na nossa opinião, um desperdício de recursos públicos, como é o caso das peças, e das estruturas temporárias para a Copa. Quinze dias de Copa, cinco jogos em Porto Alegre, e está listado aqui como uma das prioridades, e lá no Plano Plurianual: R$ 40 milhões destinados para as estruturas temporárias, para quinze dias, enquanto o mesmo recurso é gasto anualmente em habitação, numa Cidade em que 700 comunidades estão irregulares; em que 50 mil pessoas esperam ser chamadas no Minha Casa, Minha Vida; em que não houve indenização para as vítimas de alagamentos no Sarandi, e nós estamos lutando pela isenção das taxas, porque é uma vergonha o que quase duas mil pessoas sofreram com seus móveis, com sua vida, e não se ter nenhuma política pública que não seja o endividamento. Essa é a resposta dos Governos para as famílias, ou por conta da irresponsabilidade de 30 anos sem reformas no duto, ou por alguma ação criminosa. De qualquer maneira, não foi uma causa natural. E as pessoas não têm que pagar por aquilo que a vida inteira economizaram para comprar, e agora têm os seus móveis contaminados, muitos jogados fora e nenhuma política de Estado, a não ser o endividamento.

Quarenta milhões de reais para as estruturas temporárias da Copa, enquanto faltam vagas nas creches, enquanto o acesso à saúde é muito difícil na nossa Cidade! Faltam médicos, faltam profissionais da saúde, falta valorização dos trabalhadores municipais! A mesma coisa em relação à publicidade: R$ 30 milhões a cada ano no Plano Plurianual; R$ 30 milhões, somando mais de R$ 100 milhões para a publicidade! Ou com os imensos gastos com os cargos em comissão que o Governo promete que mandará projeto reduzindo e, na verdade, nunca chegou a redução, seja das Secretarias, seja dos CCs que são verdadeiros cabides de emprego para empregar os partidos políticos aliados do Prefeito Fortunati. Então, nós, sim, questionamos essa peça de ficção, questionamos que o Governo não quer aprovar o 1% para o esporte, Ver. João Carlos Nedel, como era uma proposta de emenda da Ver.ª Sofia; 2% para a cultura, como previsão em janela que propunha, para que fique cunhado no nosso orçamento que 2% dos recursos orçamentários serão destinados, sim, para a cultura no nosso Município; a questão do Fundeb... Então, nós temos muitos temas que também foram rejeitados pelo Governo na forma de emendas, e nós não teremos como encaminhar, porque essas emendas não foram destacadas. Mas nós queríamos deixar o nosso registro favorável a boa parte das emendas que foram rejeitadas – oito das nove; apenas a uma nós fomos contrários – e a nossa...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: ...crítica profunda às peças de ficção científica que a Prefeitura sistematicamente manda à Câmara de Vereadores e que sequer executa aqueles projetos que estão listados. Por isso, nós, que não damos cheque em branco ao Prefeito Municipal, votaremos contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias!

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 029/13.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Obrigado, Sr. Presidente. Nós estamos encaminhando o nome para trocar, para passar a me chamar Ver. Solidário Clàudio Janta, e os nossos Vereadores, em todas as Casas legislativas, estão trocando os nomes para Solidário. Nós temos a sorte de não sermos nenhum “ista”. A maioria dos Partidos são “ista”: os pedetistas, os peemedebistas, os petistas, os comunistas, e nós somos os solidários. Há o Democratas, mas cabe ao Ver. Reginaldo Pujol fazer isso. Quando nós discutimos, nesta Casa, o Plano Plurianual, nós demos um grande avanço ao aprovarmos um conjunto de emendas dos Vereadores. Eu, particularmente, consegui aprovar uma emenda que destina para a saúde, na nossa Cidade, uma quantia razoável. Não é a ideal, mas é uma quantia razoável. Nós acreditamos que aquelas 40 e poucas emendas que aprovamos lá no PPA foram um avanço para a população de Porto Alegre. Essas emendas vão melhorar um pouco a vida das pessoas de Porto Alegre. Na LDO, nós acreditamos que, com a aprovação e com a inclusão, pelo Relator, da Emenda nº 2, vamos avançar mais ainda porque vamos suprir uma necessidade da população de Porto Alegre: vamos permitir que a população de Porto Alegre amplie o seu acesso à saúde. Então, viemos aqui, em nome da bancada dos solidários, do Solidariedade, encaminhar para que esta Casa, que avançou no Plano Plurianual, avance na LDO e que possamos, todos juntos, construir uma Cidade para todos, onde as pessoas possam ter dignidade para viver. Com força, fé e solidariedade nós vamos melhorar a vida do povo de Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 029/13, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, acho que todos já sabem que foram apenas 11 assinaturas para destacar as emendas, o Ver. Nedel fez um trabalho competente; reconheço a derrota, não consegui destacar as emendas que foram rejeitadas pelo Relator. É uma opção do plenário desta Casa, que só posso lamentar, porque o debate das Diretrizes Orçamentárias ser terminativo apenas em um relatório, em uma Comissão, eu acho que a Casa se apequena – eu quero dizer ao conjunto dos Vereadores. E agradecer aos 11 Vereadores que assinaram, que são os Vereadores de oposição mais o Vereador do PSD, porque acho que a gente não permitir que o contraditório venha para o plenário, e que discutamos temas tão importantes quanto eu considero os das emendas rejeitadas, é lamentável. Perde a Cidade, erra mais a Cidade, porque ao que estamos assistindo na cidade de Porto Alegre são erros após erros. Eu discutia no Tribunal de Contas, há pouco, e o Tribunal de Contas está indignado, inclusive com a manifestação do Vice-Prefeito hoje, quase que dizendo “para que órgãos de controle? Eles nos atrapalham”. Isso foi dito no artigo do Vice-Prefeito, no jornal de hoje. É assustador! Em que tempos estamos? Com dez obras na Cidade, paradas ou quase paradas, por absolutas incompetência e irresponsabilidade – talvez pegue um pouco pesado – com o Governo que licita obras com projetos elaborados pela iniciativa privada, pré-projetos, grosseiros, incompletos, errados, que fazem com que os viadutos da Ceará e da Anita estejam paralisados; os BRTs com sobrepreço; fresagem feita numa passagem só – só para o pessoal entender –, e previsto o custo de seis passagens, Ver. Nedel. É isso o que acontece, a imperiosidade do Estado, as maiorias impostas à força, logo ali, vão esbarrar na cidadania, nos órgãos de controle, que eu espero que ajam, que continuem existindo, e que continuem apontando os desvios de recurso público seriíssimos que acontecem neste País, e que não podem continuar, e, infelizmente, nesta Cidade, tanto que estamos com a CPI da Procempa apontando questões muito graves.

Agradeço aos Vereadores Pedro Ruas, Melchionna, Jussara Cony e João Derly, da oposição, por me concederem este espaço, e vou me fixar apenas numa das emendas rejeitadas pelo relator, que trata, exatamente, dessa ilegalidade, Ver. Nedel. É ilegal uma matrícula contar o censo, uma matrícula de creche comunitária, e a creche comunitária não recebeu correspondente ao valor que o Fundeb concede a essa matrícula. Isso é ilegal.

E os órgãos de controle estão tratando, eu esperava concertar com as Diretrizes Orçamentárias para 2014.

Então, a Prefeitura Municipal segue fazendo ilegalidades. Infelizmente, dando bastante trabalho para os órgãos de controle. Na semana passada, nós apontamos o tema dos ônibus para as escolas, tratei disso nesta tribuna. E, pasmem, a SMED para corrigir uma licitação que fez – não vou dizer que é suposta, pregão eletrônico –, onde dobrou o valor do custo do ônibus para as escolas fazerem passeios, em vez de seis turmas, três turmas, passeio com os mesmos recursos – sabem qual a solução que a SMED deu para as escolas? “Olha, vocês vejam com a empresa de ônibus da região, se ela fizer um preço menor, e a Rulla Tur, contratada pela SMED, não cobrir o preço, vocês podem contratar a da região!” Como assim? Não existe mais procedimento legal para o tema público?

Então, de fato, eu estou assustada, espantada, com a forma pouco republicana com que se tratam os recursos públicos da cidade de Porto Alegre, as obras da cidade de Porto Alegre, as políticas públicas da cidade de Porto Alegre, e o comportamento dos gestores na cidade de Porto Alegre! É muito sério!

E eu lamento profundamente que emendas rejeitadas como esta, que corrigia uma ilegalidade, resolvia a situação das creches comunitárias que atendem, com a metade dos recursos, mais de 20 mil crianças da Educação Infantil, e a Conferência de Educação, neste fim de semana, disse que tem que cessar esse repasse de recursos, porque é uma terceirização. Eu sou contrária, mas tem que tratar com dignidade, e tem que encaminhar o recurso que lhes cabe. Não poderemos fazer o debate porque a maioria desta Casa acha que, aplicando, a maioria acerta. A Prefeitura tem errado, e muito.

(Não revisado pela oradora.)

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Já aproveito para convidar todos os Vereadores e o nosso público para a audiência pública do dia 14 de outubro, às 19h, para discutir o Projeto de Revitalização da Orla do Guaíba, com a presença do autor do projeto, Jaime Lerner. Por solicitação do IAB e por insistência de diversos Vereadores, marcamos e já tivemos a confirmação: dia 14 de outubro, às 19h, neste Plenário Otávio Rocha.

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 029/13.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Presidente. Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, esta é uma boa notícia: nós teremos aqui a presença de um dos maiores paisagistas, urbanistas do Brasil, da América Latina, com nome no mundo todo. Eu acho que, depois do nosso falecido Oscar Niemeyer, o Lerner é um dos nomes mais proeminentes no urbanismo, de quem nós tanto precisamos.

Neste encaminhamento, não caberiam muitas observações, a não ser ajudar a Ver.ª Sofia Cavedon, que aqui reclamou da incompetência, dos preços, das fiscalizações. Eu acho que ela quis reclamar dos contratos de RDC, que o Governo do Estado está fazendo muito; aqueles que fazem a licitação por uma perna e, depois, terminam na centopeia, com 100 pernas – ciempiés, como dizem os argentinos, os uruguaios e todos os nossos vizinhos. É isso o que o Governo Estado está fazendo muito nas suas licitações, a tal ponto que uma calçada da Escola Parobé, Ver. Brasinha – o senhor vai ver bem isso –, custa R$ 3 milhões. Um escândalo que ainda vai estourar agora, em seguida. Então, Ver.ª Sofia, nós temos um problema muito sério quando reclamamos das obras da Prefeitura e não olhamos do ladinho: as obras do Estado, do Governo Federal... E o que o Ver. Sebastião Melo quis dizer não é que não precisa dos órgãos de fiscalização; precisa, são necessários, mas eles precisam decidir, precisam dizer o que querem! Não adianta só dizer: não faz, está errado. Não, nós temos que dar! Se tem preço da Caixa Federal, que foi o que se fez no Município de Porto Alegre: preço da Caixa Federal, preço de referência. E o Tribunal de Contas apontou. O Tribunal de Contas vai dizer: “Não pode ser esse da Caixa, tem que ser esse outro, esse nós aceitamos.” É isso o que o Prefeito Sebastião Melo, certamente, quis dizer. Nós não temos nenhum problema que se fiscalize, tudo tem que ser fiscalizado. Os órgãos fiscalizatórios são para fiscalizar para ser bem usado o dinheiro público, e esta Administração tem feito isso, cortando na própria carne quando precisa cortar. E nós, Ver. Nedel, vamos aprovar urgentemente o projeto hoje, para que se possa trabalhar e para que se possa planejar para o futuro com muita calma.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Engº Comassetto, a Mensagem Retificativa ao PLE nº 029/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 28 votos SIM.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLE nº 029/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 09 ao PLE nº 029/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, o PLE nº 029/13. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADA por 26 votos SIM e 02 votos NÃO.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 16h23min): Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Mario Manfro está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Mario Fraga está com a palavra, por cedência de tempo do Ver. Nereu D’Avila.

 

O SR. MARIO FRAGA: Ver. Dr. Thiago, Presidente da Câmara de Vereadores do Município de Porto Alegre; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público nas galerias, público que nos assiste pela TVCâmara. Agradeço ao nobre colega Ver. Nereu D’Avila pela cedência deste espaço. Os espaços na Casa são poucos; somos 36 para usar o microfone, para tentar dar os nossos recados. E hoje venho à tribuna para agradecer, Ver. Márcio Bins Ely, ao Governo Municipal, pois tivemos, nesse último fim de semana, Ver.ª Luiza Neves, a nossa festa, a Festa do Ridículo. Foi a 33ª edição do Município, 33ª Festa do Ridículo, e, depois dos acontecimentos da boate Kiss, onde tivemos aquela tragédia, foi difícil realizarmos essa festa, Ver. Nereu D’Avila. Eu uso este tempo para agradecer, em especial ao Vice-Prefeito, o Prefeito em exercício, Sebastião Melo, que muito nos ajudou, e ao Secretário da Cultura Roque Jacoby, Ver. Delegado Cleiton, que assumiu a responsabilidade de nós, a comunidade do bairro Belém Novo, fazermos uma festa que reuniu 15 mil pessoas, depois desse acontecimento da boate Kiss. O Secretário Roque Jacoby e o Prefeito em exercício naquele momento, Sebastião Melo, assumiram a responsabilidade junto com este Vereador, para que pudéssemos fazer a Festa do Ridículo no bairro Belém Novo. E, para a nossa felicidade, na festa com 15 mil pessoas, não aconteceu nenhum incidente lá dentro da área coberta. Estiveram em Belém novo, nesse sábado, 15 mil pessoas. Uma festa de realização muito difícil; o Caco Pacheco, idealizador da festa, que estava de aniversário naquele dia, teve muito trabalho para realizá-la. Chegou o momento em que o prefeito de Viamão ofereceu um local para que a tirasse do Município de Porto Alegre, e o Caco Pacheco resistiu. Então, queria fazer esse agradecimento ao Governo Municipal pela minha comunidade – uma parte da comunidade, digamos que 90% da comunidade é favorável a essa festa; lógico, nem Jesus Cristo foi consenso, e 10% das pessoas ainda, em Belém, são contrárias a ela. É uma festa que movimenta, em um dia, 15 mil pessoas. Por esse número, dá para ver o que ela significa para nossa comunidade. Dá para os comerciantes sobreviverem, dá uma diferença no seu faturamento com esse povo todo que vai a Belém Novo. Então, faço esse registro. Mais uma vez, fizemos a Festa do Ridículo sem nenhum incidente.

Agradeço, novamente, ao nobre Ver. Nereu D’Avila pela cedência deste espaço, e fica, neste período de Comunicações, o meu registro do sucesso da 33ª Festa do Ridículo em Belém Novo. Vamos aguardar, Caco Pacheco, até a próxima. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico da 71ª a 77ª Sessões Ordinárias e da 10ª Sessão Extraordinária. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADAS.

O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Paulinho Motorista. O Ver. Delegado Cleiton está trajando um casaco com o “o” do Outubro Rosa – excelente lembrança, Ver. Delegado Cleiton.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, senhores funcionários desta Casa, Srs. Vereadores, pessoal que nos assiste na tribuna e também pela TVCâmara, hoje é um dia especial. Hoje nós tivemos o conhecimento da candidatura do jornalista Lasier Martins e sua filiação ao PDT. Hoje também, dia 7, faria aniversário um grande amigo, uma grande liderança que foi Presidente da UMESPA, foi conselheiro tutelar, foi líder comunitário, que é o meu amigo Valter Castilhos, que muita falta está fazendo aqui em Porto Alegre, até pela sua postura. Também é um momento especial, que é o aniversário de 23 anos do meu filho Gabriel, e quero dizer que eu o amo. Ele é uma grande pessoa, militante junto comigo, com a minha esposa, com a minha filha e com a minha equipe. O Gabriel está sempre junto, e muitos aqui já o conhecem.

E um outro ponto especial é que hoje faz um ano da eleição de 2012. Faz um ano que buscamos nas urnas essa nossa condição de representar o povo de Porto Alegre aqui na Câmara Municipal. E, para alguns que já estão há bastante tempo aqui, pode não ser tão especial como é para nós, os novatos aqui desta Casa – a Any, o Kopittke, Sgarbossa, a Luiza, o Janta, o Cassio. Hoje faz um ano que o povo de Porto Alegre nos elegeu e nos colocou aqui para representá-los; isso é muito importante. Rolou na semana passada, na mídia, sobre a minha possível transferência de Partido, e hoje eu vim com uma gravata na cor laranja para homenagear o companheiro Clàudio Janta, que, infelizmente, saiu do nosso partido, mas que tem um sentimento parecido com relação às causas trabalhistas, da defesa dos trabalhadores, e dizer ao Janta que mesmo estando em partidos diferentes, mesmo que o PDT tenha perdido essa grande figura – grande em todos os sentidos, principalmente de coração e de ideias –, eu gostaria de homenageá-lo e hoje eu vim com esta gravata laranja, que é do partido Solidariedade.

Quero dizer que fiquei muito feliz, Janta, quando tu me ligaste, à meia-noite do dia em que o Solidariedade recebeu o seu registro, convidando a mim para entrar nas fileiras do Solidariedade. Avaliei, porque vinha de um grande amigo, de uma pessoa que admiro, que aprendi a admirar, que estava sempre ao meu lado aqui. Quero te dizer, Janta, que foi um prazer receber do amigo esse convite do Solidariedade e que eu gostaria que o teu caminho fosse iluminado nesse novo partido.

Quero dizer aos senhores que, como o meu amigo Vendruscolo fez, simbolicamente, hoje, tirando o seu tapa-olho, Janta, que o PDT é o meu lugar.

O PDT é um partido que traz na sua bandeira a educação, é um partido que teve a sensibilidade de trazer para dentro, para as normas, a luta das mulheres, o voto das mulheres. É o partido das leis trabalhistas, é o partido que levantou, pela primeira vez, a bandeira da reforma agrária.

Então, eu gostaria de agradecer, principalmente, pessoal, à base do PDT, que, quando soube, através da mídia, que eu poderia trocar de partido, me ligou; foram vários telefonemas da base do PDT. E eu, no início, cobrei até, inclusive, que a Direção não tinha ligado, não tinha vindo buscar. De repente, algumas mudanças nós teríamos que listar dentro do partido, para mudanças e oxigenações. Posteriormente me telefonaram, vieram ao meu gabinete. Eu gostaria de agradecer ao Deputado Vieira da Cunha, ao meu Líder, Ver. Márcio Bins Ely, ao meu Prefeito, Fortunati, e dizer que esse, realmente, é o meu lugar, nessas lutas por quem me elegeu, dentro desse sentimento de 6.556 militantes. Eu acho que nesses 6.556 militantes, Ver. Dr. Thiago, são militantes, sim, do PDT. Eu sei que tem vários amigos que votaram na figura do amigo Cleiton. E sei de vários amigos de outros partidos que me cobram, às vezes, algumas posturas, mas eu sei que a base do PDT, pelo que eu vi hoje, pelo que vi nessa semana que passou, pelas várias ligações e pelas manifestações através da Internet, que me querem no partido. E gostaria, sim, de honrar esse mandato dentro do PDT. Viva longa ao PDT! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em Comunicações, por cedência do Ver. Pedro Ruas.

 

(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, agradeço muito ao Ver. Pedro Ruas que me disponibilizou este espaço em Comunicações. Eu queria começar trazendo, obviamente sempre vejo os colegas trazendo menções à sua família, que também são importantes, são nossas raízes, e eu trago uma homenagem feita na matéria que saiu neste domingo, na Zero Hora, na página 16, ao meu pai, Abrãao Winogron, rememorando o período em que ele fez sua residência médica, Ver. Dr. Thiago, em Israel e teve oportunidade de atender aos feridos da guerra do Yom Kipur. E a matéria é um belíssimo relato humano dos nossos médicos e, apresentando essa matéria, deixo aqui minha homenagem a toda essa trajetória do Abraão Winogron, conhecido aqui de todos como comunicador, médico, que sempre luta pela saúde da nossa Cidade, nosso Estado e de todos os lugares. A Ver.ª Jussara Cony registra aqui também um abraço a ele, colegas desde estudante. Ele registra aqui que atendiam no hospital, a partir de um certo momento da guerra, feridos dos três lados envolvidos em mais aquela triste guerra.

Quero aproveitar este momento de Comunicações para trazer mais algumas imagens aos colegas, porque acho que as imagens valem bem mais que nossos discursos. Neste sábado, tive a oportunidade de realizar o 25º Mandato na Rua que realizo todos os sábados. Este ocorreu na Vila Safira, no bairro Mario Quintana. Acho sim, importante trazer esses detalhes locais, esses detalhes, essas fotografias da realidade dos nossos bairros. Aqui no bairro Mario Quintana, Vila Safira, o famoso campo do Vasquinho, vários colegas aqui, com certeza, também têm apoiadores naquela região, mas trago para mostrar um pouco da realidade. Aqui eu queria fazer um apelo à Prefeitura, não é nenhuma crítica político-partidária, é um apelo à Prefeitura. O DEP abriu esse valão há seis meses e não mais voltou para fechar. Chegando o verão, vocês não imaginam o “bom” cheiro que a região vai ter, o lixo, o mau cheiro, mosquitos, a dengue. Então, eu queria fazer esse apelo, inclusive inutilizou completamente o campo, que já foi um campo muito usado. Já foi um campo realmente em perfeitas condições, e agora, em razão especialmente dessa não obra da Prefeitura nós temos essa situação.

Aqui nesta imagem mostra o campo obviamente sem uso, sendo degradado, muito lixo. Aqui mais para dentro da comunidade, a realidade da quantidade de lixo muito grande. São mais de três mil famílias somente nesta comunidade Campo Verde, que fica dentro da Vila Safira – a situação sobre a qual nós conversamos agora há pouco. Essa situação, e olha que não houve chuva nesta semana. Isso já não é uma realidade nova. Eu duvido que algum veículo consiga transitar aqui. Aqui mostra as famílias vivendo nessa situação de risco absoluta em cima do valão, sem que seja encaminhado nenhum tipo de moradia. Aqui as mães tendo de levar os filhos entre lixo, água e esgoto. É uma situação bastante delicada, essa é a região que tem o menor IDH. Obviamente que isso é uma realidade histórica das nossas cidades, mas é fundamental. Quero fazer um apelo aqui à base do Governo, um olhar para essa realidade aqui da Vila Safira que realmente sofre muito.

Por fim, quero deixar o convite para o seminário, semana que vem, dia 16 de outubro, às 19h, aqui na Casa, no Plenário Ana Terra, vamos promover um debate Diálogos Necessários nº 2 sobre a questão da democracia na era da Internet. Nós estaremos apresentando um pacote de propostas para reformular, reinventar o processo deliberativo de nós mesmos. Acho que temos que reinventar o papel do Parlamento na sociedade do século XXI. Ao invés de ser um espaço fechado, tem que ser um espaço aberto, um espaço que faça a gestão da participação da cidadania de forma permanente, se possível em todos os nossos processos legislativos abertos, com atuação, inclusive com a sociedade podendo interferir na nossa própria pauta de prioridades que vêm à votação no plenário, por que não? Por que não podemos abrir o próprio plebiscito, Ver. Nereu? O senhor reivindica sobre o cercamento, independente do debate, mas por que não as ferramentas digitais com a certificação do TRE? Obviamente, estou falando de um processo formal de consulta pública. Por que não podemos abrir, no site da Câmara, para recolher assinaturas para um projeto de iniciativa popular, por exemplo? Então, são várias as possibilidades, e eu espero realmente que nós possamos iniciar, o quanto antes, essa discussão e incorporar aqui na Câmara essas ferramentas.

Tenho uma outra proposta, que é a Causa da Cidade, que o próprio site da Câmara, até copiando o site do Parlamento português, possa abrir para os cidadãos escolherem uma causa por mês que será a mais votada, e nós teremos conhecimento também dessas decisões que vão passar pela ferramenta digital. Com certeza, com isso, Porto Alegre vai poder voltar a ser uma referência no campo da democracia participativa, aquilo que já foi na década de 1990 e que possa voltar a continuar sendo no século XXI, apropriando-se dessas ferramentas. Deixo o site www.facebook.com/dialogosnecessarios para todos aqueles que quiserem conhecer e debater essas ferramentas. Muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero dizer, Ver. Alberto, que estamos terminando aquilo que tínhamos conversado, da nova ferramenta, para podermos atuar na cocriação de leis. Acho que vai ser muito importante.

Quero apregoar o Memorando nº 065/13, que comunica a criação, a partir desta data, do bloco parlamentar composto pelos Partidos Solidariedade, PROS e PSD. Líder do bloco, Ver. Bernardino Vendruscolo. Assinam os Vereadores Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta e Tarciso Flecha Negra.

Quero explicar que nós vamos encaminhar isso à Procuradoria, mas na medida em que há a formação de um bloco de três partidos, isso garante, em Comissões temporárias, a participação deles com um membro; as bancadas que têm um ou dois Vereadores participam sempre pela forma de rodízio das frações. As bancadas que têm três ou mais Vereadores, ou os blocos, têm um número inteiro um, então elas vão participar de todas as Comissões temporárias da Casa.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, quero que minhas palavras sejam de congratulações com os integrantes do bloco parlamentar recentemente constituído, que passa a ser uma nova referência aqui na Casa. As consequências da formação deste bloco previstas no Regimento serão devidamente sopesadas ao longo dos próximos dias, e certamente todas serão no sentido de assegurar o bom desempenho parlamentar dos integrantes do novo bloco, sem que isso possa representar, aqui ou acolá, choque por disposições regimentais já cimentados ao longo do tempo.

Mas, Sr. Presidente, estou hoje disposto só a acentuar as coisas positivas, e olhando em cada um aquilo que de melhor ele pode apresentar. Eu estava preparado para apresentar meus cumprimentos à bancada do PT, mas vejo que esvaziaram o plenário neste momento e, naturalmente, eu fico sem condição de assim proceder. Vou homenagear a Ver.ª Fernanda Melchionna que está aqui presente, porque eu acho, Vereadora – e os meus 30 anos de oposição não desencarnaram por inteiro, muito antes pelo contrário –, que tem razão aquele pensador político que diz que num verdadeiro sistema democrático a oposição é tão ou mais importante do que a situação, na medida em que ela tem uma tarefa para cumprir. Eu queria dizer que nesse particular Porto Alegre está muito bem servida, tem uma oposição muito operosa. Pode, a meu juízo, estar equivocada em vários momentos, mas não deixa de ser atuante, inclusive usando de mecanismos de ferramentas novas que a tecnologia oferece para repisar algumas situações que tranquilamente nós já conhecemos ao longo do tempo, porque não são novidade em Porto Alegre.

A homenagem à Ver.ª Fernanda Melchionna até tem um sentido absoluto, na medida em que ela, jovem, é integrante de um partido jovem, constituído há cerca de dez anos, quando muito, na cidade de Porto Alegre. Eu não posso culpá-la de incoerência em determinadas situações, agora, com todo o respeito, que situação desagradável falar de uma bancada que não está presente, mas o que fazer? A bancada sabe que aqui aquele ditado popular que diz que a banca paga e recebe se aplica por inteiro. Eu desconfio, sinceramente, que especialmente esse jovem e brilhante Vereador Alberto Kopittke desconhece a história de Porto Alegre. E descobriu agora, no século XXI, neste novo milênio, que existem problemas em Porto Alegre que se alongam há 30, 40 anos. Ele trouxe aqui fotografias em que existe um verdadeiro crime contra a cidadania e contra a sociedade de Porto Alegre. São aquelas ruas que receberam uma camada de asfalto nas vilas populares, na antevéspera das eleições, sem que fosse feita a respectiva rede de esgoto naquela área. Certamente, como “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, logo em seguida, com as primeiras chuvaradas, começaram a surgir problemas. E ali tem uma rua que é um buraco só – o difícil é pegar forma descontínua –, lá na Safira 2, que eu conheço, e que evidentemente serve como exemplo do que eu estou dizendo. Às vezes, as pessoas podem até sinceramente cometer alguns equívocos, mas eu não posso acreditar que uma administração por inteira, Ver. Paulo Brum, não saiba que não se coloca asfalto em cima de uma rua que não tem escoamento de esgoto, porque esse asfalto...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: ...em função desse defeito técnico que apresenta. Eu sei que V. Exa. vai me dar três minutos, como deu para o Ver. Kopittke, mas eu não preciso de três minutos. Com um minuto e meio eu fico satisfeito. Sei que o Ver. Kopittke é muito mais brilhante do que eu, e ele merece mais tempo. Ele tem um grau de prestígio com V. Exa. que eu ainda não logrei alcançar.

Mas, então, Sr. Presidente, eu quero concluir dizendo o seguinte: com todo o respeito que eu tenho pela oposição, ela não vai me impedir que eu apresente com frequência algumas incoerências que são claramente expostas no cotidiano. Não basta que a gente venha para a tribuna acentuar uma série de coisas; às vezes, até falseamos com a verdade. Hoje foi colocado aqui que o Governo da Presidente Dilma estaria investindo R$ 5 bilhões aqui em Porto Alegre. Eu fiquei pasmo ao saber disso! Eu sei que o dinheiro está sendo escondido, ou sendo atirado pela janela, mas desaparecer não desaparece. Mais tarde isso vai aparecer, como é o caso do sonhado metrô. Há anúncios de que serão gastos com o metrô de um a dois bilhões de reais, e que esse valor já estava ali consignado. Então, todos os discursos da Presidente Dilma foram computados como recursos que estariam sendo investidos em Porto Alegre, e isso não é verdade. Os nossos orçamentos registram em torno de 500 a 600 milhões de reais de empréstimos feitos ao Município de Porto Alegre, empréstimos esses que serão pagos pela população porto-alegrense quando essas obras forem executadas. E muitas delas já não sei mais se serão executadas, tamanhas são as dificuldades que se apresentam para a liberação de recursos; uma burocracia infernal, própria daqueles que dizem o seguinte: “A gente fala, a presidência dá discurso, e depois a gente passa o dinheiro, se tiver. Se não tiver, a gente arruma uma dificuldade qualquer para não fazer a liberação desnecessária.”

É isso, Presidente, que eu queria acentuar, dizendo que respeito as oposições – até já fiz uma homenagem à Ver.ª Fernanda Melchionna, cujas atitudes nem sempre têm a minha correspondência. Agora nós vamos ter um período de armistício porque vem a Feira do Livro e, nesse particular, nós estamos juntos. É difícil a gente arrumar uma oportunidade para estarmos juntos, mas em novembro estaremos juntos, na Feira do Livro, onde, mais uma vez, a Câmara Municipal vai estar representada. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol. Quero dizer, Ver. Reginaldo, que o senhor é muito caro a todos os Vereadores, não só a mim, e pode ter a certeza que eu tenho mais convergências com V. Exa. do que com o Ver. Alberto Kopittke, apesar de respeitar muito os posicionamentos dele.

Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h54min.)

 

* * * * *